Os conceitos da ciência psicanalítica é o estudo do inconsciente que é o conceito teórico em torno ao qual se estrutura, se produz e se instrumenta a técnica psicanalítica.
A psicanálise como ciência nasce no ano 1900 quando Sigmund Freud, escreve a interpretação dos sonhos.
Freud, com a psicanálise, já havia trabalhado antes por meio de suas pesquisas e estudos e então havia escrito outros trabalhos derivados de sua experiência como terapeuta e no meio médico. Costuma-se dizer que a psicanálise nasce como ciência a partir da obra “a interpretação dos sonhos,” onde se descreve pela primeira vez os três pilares que deve ter toda ciência, ou seja, o objeto de estudo da psicanálise, o conceito teórico e o método da psicanálise e sua técnica.
Então Freud, vai dizer que em primeiro lugar a psicanálise é um método de investigação de determinados processos psíquicos, inacessíveis por qualquer outro método. Ou seja, o que Freud, vai colocar é que em primeiro lugar a psicanálise está como método de investigação dos processos psíquicos, que agora criamos e que chamamos de inconscientes. Portanto o objeto de estudo da psicanálise o seu conceito central da teoria psicanalítica é o inconsciente.
Não há nenhum outro método que o faz mesmo os que contêm experiências alucinógenas ou terapias de ritos primários, de modo que nenhum oferece a possibilidade de acesso a este território psíquico ou a esta outra cena que Freud, descobriu para nós que é o inconsciente.
O segundo ponto que vai mencionar é a psicanálise como método terapêutico, ou seja, psicanálise como método para curar um determinado grupo de patologias que são as neuroses. De modo que o método que vai utilizar é a psicanálise para poder chegar a produzir o inconsciente por meio do método de interpretação, construção e também da técnica desenvolvida e utilizada pela psicanálise chamada de associação livre em transferência.
Cabe assinalar que a psicanálise está também como método terapêutico ao qual Freud, identifica o segundo lugar como sendo de psicanálise como método de investigação psíquica. Para Freud, o que confere mais importância é a investigação do seu descobrimento que é esse inconsciente. Inicialmente ele vem dar mais importância para a investigação do psiquismo do que para o método clínico.
É bem possível pensar em um princípio para Freud, em termos de oferecer atenção para os seus pacientes, coisa que a princípio não gostava e era quase uma desculpa para poder continuar com as pesquisas e comprovar a existência do inconsciente.
Psicanálise, Associação Livre, Inconsciente, Sigmund Freud.
Tanto o método como a técnica ambos se derivam do conceito teórico, isto é um novo conceito que produz tanta ruptura no campo cientifico no momento da sua produção, porém necessário para época que requeria um método e uma técnica própria que permitissem a aprender este novo conceito.
Em terceiro lugar Freud, vai localizar a psicanálise como uma teoria sobre o método terapêutico e sobre o inconsciente, contanto que a teoria fica localizada em terceiro lugar.
A Psicanálise Como Base de Tratamento Psicológico
Observa se que a psicanálise então é um método terapêutico para as neuroses onde quase digamos que o método terapêutico na psicanálise estava armado em função do sintoma neurótico, ou seja, o método mostra o caminho diante ao qual o sintoma se constitui.
Para Freud, era uma realização, é como dizer que a psicanálise é o método clinico que se aplicava nas neuroses, mas ficava de fora toda uma ampla gama de psicopatologias. Dentre elas as psicoses, as perversões, anorexias no qual era um problema médico mais urgente e exigia que fosse solucionado primeiro.
Quanto às perversões Freud, dizia que em sentido ético não é aplicável ao método, já nas psicoses Freud, pensava que não era acessível por que segundo ele são pacientes que não fazem transferências. Também pacientes crianças não eram analisáveis para Freud, porém no caso “O Pequeno Hans” ele quis somente atender a demanda de um pai que conjugava a autoridade de um analista e como forma de poder suprir a falta de uma assistência apropriada para esta criança.
Os pacientes anciãos não eram analisáveis para Freud, diferente dos dias de hoje, por exemplo, sabe-se que tanto as crianças como os anciãos são analisáveis com resultados consistentes.
Já com os psicóticos e perversos e patologias graves e severas, pacientes fronteiriços, por exemplo, tenta-se aplicar a psicanálise, mas com resultados aleatórios e os resultados são mais incertos, em casos como estes citados acima, lida-se mais com reduções de impactos em conjunto com uma equipe multi disciplinar, ou seja, em parceria com um psiquiatra com sua terapia medicamentosa por exemplo.
A psicanálise prova a sua eficácia efetivamente como dizia Freud, com os pacientes neuróticos por meio do seu método analítico.
Psicanálise vs Psicologia
Mesmo com tantas proliferações de métodos clínicos e de correntes psicológicas ficava claro que a psicanálise não é uma corrente da psicologia por que não compartilha do mesmo objeto sendo que o objeto da psicanálise é o inconsciente.
Também não compartilha o método, ou seja, a psicanálise não poderia ser considerada uma corrente psicológica por que não compartilha com a psicologia nenhum objeto e nenhum método.
Agora alguém poderia perguntar qual é a sua especificidade em meio a tanta proliferação de oferta de diálogos psicológicos e de pareceres a respeito do sofrimento humano o que é especifico na psicanálise.?
É possível dizer que não é a teoria pois existem muitas teorias, alguém também poderia dizer que é a investigação como se faz na psicologia também, porém é correto afirmar que são dois saberes completamente diferentes.
Então é possível dizer que o especifico da psicanálise é o método psicanalítico, ou seja, o especifico na psicanálise é a sua clínica. Por exemplo, o método analítico consiste na associação livre do lado do paciente, é aplicado quando é solicitado ao paciente dizer tudo que lhe ocorre sem selecionar o que vai dizer e o que não vai dizer, que diga tudo que surgir em sua mente por mais que lhe pareça penoso ou doloroso.
Já do lado do analista a outra parte da associação livre está o que Freud, chama de atenção flutuante, ou seja, o analista escuta o discurso do paciente sem atribuir mais importância a uma coisa que a outra. Por exemplo, escutar tudo que o paciente diz sem atribuir mais importância do que outras.
Isto que é o especifico na análise, digamos que o que se conhece como ética de psicanálise, este método psicanalítico, a ética da psicanálise é o seu método, método que sempre vai acompanhado com o que conhecemos como abstinência do analista. O analista se abstém do seu desejo de curar, se abstém de querer solucionar a vida do outro, se abstém de colocar se como um guia ou modelo a seguir pelo paciente, se abstém de dar ordens, de proibir coisas, de dar conselhos. A ética do analista vai então como que em conjunção com o que se conhece como desejo de analista, neste ponto é possível perguntar já que o desejo de analista não está em ensinar como alguém viver, de dar conselhos, de dar ordem, solucionar coisas, qual então é este desejo que incentiva o analista atuar!?
O desejo do analista está em poder sessões após sessões aplicar o método analítico, mas também pode se dizer que o especifico da psicanálise talvez tenha a ver especificamente com o seu método, com sua ética e com a sua clínica isto que pode se dizer como sendo a especificidade da psicanálise.
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