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Foto do escritorMárcio Rodas

A Psicanálise de Freud - Parte III

O principal da psicanálise está em ajudar as pessoas a reconhecer que se passou por algo traumático e que por meio desta experiência tem um sofrimento, ou se simplesmente sente uma angústia que não cessa, por exemplo, é importante dar atenção.


Temos muitas pessoas que sentem que não existem, como se vivesse um enorme vazio interior, muitos carregam sentimentos assim, de completo vazio existencial. Pessoas que estão deprimidas, não sabem o que tem, só sentem que estão angustiadas, então em uma sessão de analise o que se faz é ajudar a reconhecer-se, primeiro como pessoa e os seus problemas. Este é o grande título que se poderia definir melhor que é o reconhecimento de suas dores, de suas angustias.


É o momento que se pode dizer que se deu conta que dentro de si mesmo tem algo influenciando sua vida, então a psicanálise, o convida a pensar a respeito.

É como ter um pedaço de frango e vamos juntos destrincha-lo, resolver nos detalhes por que o pedaço está muito grande, está cru, está feio, vamos particulariza-lo, ou melhor, dizendo entre nós dois digamos iremos juntos a esmiuçar melhor todos estes conteúdos, assunto após assunto.

A psicanálise consiste em escutar as pessoas e é solicitado ao paciente que diga tudo o que lhe ocorre, e que de repente não diria em uma reunião com amigos. Ocorrerão recordações que você jamais diria para outras pessoas por que o que está em sua caixa preta de pensamentos é um caldeirão enorme de conteúdo.

Sigmund Freud, debruçado na mesa de seu escritório escrevendo uma carta.
Sigmund Freud, pai da psicanálise

Estas recordações não precisam encara-las como sendo sempre as mais adequadas para poder dizer, não precisa ser sempre os melhores momentos da sua vida, então tudo isto vai saindo e você vai poder encontrar conexões, como conecta uma coisa com a outra e isto te dá à possibilidade de que de repente saia coisas que nunca teria se dado conta que tivesse ocorrido.

De modo que o falar em psicanálise não é o mesmo que falar com um amigo, nem falar com um cônjuge, é na verdade um falar com alguém que sabe escutar e que sabe interpretar o que o paciente está dizendo. Desta maneira do lado do analista não é somente escutar o que foi dito se não perceber como que o paciente se satisfaz, identificar como que vai repercutindo nele emocionalmente todo o seu discurso, esta é a maior ferramenta da psicanálise.


O Divã Continua Sendo o Símbolo da Psicanálise


Outra questão importante e muito tabu entre os psicanalistas pós-freudiano é a figura do divã que sempre foi um símbolo muito importante como à caneta é para o médico prescrever as suas receitas, por exemplo, seria o divã para a psicanálise.

Porém as evidências mostram que é importante um divã, mas não é indispensável e ainda que o divã seja um instrumento de trabalho do psicanalista é possível sim fazer análise sem um divã.


É o essencial que importa em analise e para isto é importante que seja em um lugar digamos um consultório e as sessões sejam particulares, privadas, reservadas, ou seja, em um ambiente apropriado e que ocorra com certa frequência. Isto ajuda para que o trabalho flua e que se descobrem pacientes e analistas muitos conteúdos e com isto o paciente vai poder se libertar destas energias, resolver suas demandas.

O essencial é que sejam sessões frequentes mínimo uma vez por semana, por que ele quer resolver suas demandas, suas angustias, por exemplo.

A psicanálise não é procurada para uma coisa pontual, se quiser um conserto total tem que ter uma frequência de sessões.

A Psicanálise Trata o Sofrimento das Pessoas


Em primeiro lugar as pessoas não somente sofrem pelo que dizem sofrer se não que por algo totalmente desconhecido pelo paciente. Algo que geralmente acontece nestas terapias analíticas é que o paciente vem para análise por um problema que tem na sua mente, e uma vez que começa a se expressar saem outros problemas, motivos tanto ou mais centrais que o carrega sem se dar conta.

Os pacientes se surpreendem muito, o reconhece por que o sinaliza este algo que se tem dentro de si mesmo guardado e que não sabia que o tinha. Por isto que a psicanálise contribui para que o paciente se conheça melhor. 


A psicanálise visa atender crianças, adolescentes e adultos e desde uma pessoa de 82 anos até as mais jovens, podem se consultar com um analista. É um método de compreensão profunda, e isto ajuda muito por que como foi falado o processo para que alguém se reconheça não é tão óbvio e nem fácil precisa de um analista. Preocupante dizer, mas alguém pode passar pela vida sem dar se conta quem é de verdade e de repente se encontra fazendo algo que não gosta de fazer, que não está chegando aonde quer chegar.


Cura Através da Psicanálise


Depende que entendemos por cura, curar é etimologicamente cuidar. Também se pode entender como sanar em outro sentido. Em francês se distingue entre curar e sanar de uma maneira mais nítida que aqui no Brasil, “Guérir” se diz curar em francês ou sanar por exemplo.

Em psicanálise acredita-se que, por um lado, cuida-se é uma análise, se está funcionando efetivamente como uma análise, cuida ao sujeito de desejo.


Em sentido heideggeriano lhe abre a possibilidade de aproximar-se do seu ser, o seu ser presente, o seu ser mais íntimo. Também cura no sentido de que resolve alguns sintomas que por outro lado não se podia resolver, por exemplo, por que o médico disse que não tem nada, não se encontra nada, dando o médico diagnostico de uma histeria.  

O psiquiatra pode dizer que na realidade são percepções errôneas, se é uma psicose do tipo alucinatória, mas a psicanálise geralmente assume este campo de fenômeno desdenhado por outras disciplinas que representam algo para o sujeito.


Fazer analise com psicanalista é mais importante ou melhor que tudo que possamos compartilhar na realidade com o médico, com o psiquiatra, ou com o discurso comum.

Então resolve às vezes alguns sintomas, mas sobre tudo, eu diria, usaria um termino quase religioso, que salva o sujeito de desejo. Ou seja, que, sim acredito que cuida, que cura e que salva, quando funciona efetivamente, como psicanálise.   

Esse é outro assunto, quando uma análise funciona efetivamente produz resultados analíticos, não somente terapêuticos, mas analíticos, resolutivos por assim melhor poder dizer e salva da neurose por exemplo.


A Neurose para a Psicanálise Freudiana


A neurose é dentre os tipos clínicos que empregamos na psicanálise, e aparentemente o menos complicado. A neurose é ao mesmo tempo e já o explica Freud, em um texto como em “A Repressão 1915”, é um gasto de energia permanente. 

No que tange a neurose ela está em lugar de realizar se algumas pulsões e desejos, o que se faz é manter reprimidos e isso implica um constante esforço de repressão, de desgaste que faz com que alguém depois de quatro ou seis horas do dia esteja esgotado. O indivíduo não apenas fez isso, mas também esteve fazendo forças para não fazer outras coisas que gostaria de fazer ou dizer.  

Então querer salvar alguém disso, deste esgotamento permanente é como abrir lhe a possibilidade de outra vida. Salva também em certo sentido da religião, das desvantagens da religião, a religião tem suas vantagens, mas também tem suas desvantagens. Tende a promover a procrastinação, o deixar para amanhã, para outra vida, para melhor vida, os desejos, que talvez só se possa realizar agora.  


Então salva o sujeito do sujeito do desejo neste sentido que talvez não tenha que ficar toda a vida que lhe sobra se reprimindo, deixando de lado. E, dissimulando ou fazendo o passar como obsessivo somente na forma de contrabando, mas poder dizer isso, expressa-lo, fazer algo com isso.


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