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Foto do escritorMárcio Rodas

A Psicanálise de Freud – Parte IV

Este é o último artigo da série de artigos publicados aqui em nosso site onde desdobramos este percurso A Psicanálise de Freud em Partes I, II, III e IV finalizando com este quarto.

Hoje iremos falar dos benefícios de passar por sessões de psicanálise para a pessoa que busca ajuda por meio desta abordagem clínica.


Psicanálise, Sigmund Freud, Teoria do Inconsciente.

Sigmund Freud, sentado em uma cadeira em seu escritório,
Sigmund Freud, o pai da psicanálise.

Então já vimos anteriormente que Sigmund Freud, abandona o hipnotismo por entender que é pouco eficaz e passa para outro modo de trabalho, que é o trabalho da cura pela palavra. Não foi Freud, que justamente teve a iniciativa se não uma paciente histérica conhecida como Anna O, que pede para o médico, deixar de falar, e permitir-lhe falar ela mesma, na sessão.

Então a partir desse gesto, dessa cena Freud, começa fazer falar seus pacientes, ele deita seus pacientes no divã, senta na poltrona de traz e a partir daí começa trabalhar para que o próprio paciente fale de sua própria vida, até poder fazer aparecer o trauma.

Há um texto que se chama “recordar, repetir e elaborar,” onde Freud, mostra como um sintoma é um ato de repetição ligado a uma cena infantil, essa cena infantil precisa ser recordada para não ser repetida, mas não meramente repetida, mas recordada, simplesmente como uma forma de tomar nota do que aconteceu se não recordar e ao mesmo tempo elaborar.


O processo analítico então seria um processo de lembrança e elaboração a partir de uma da qual mudaria a posição do sujeito em relação com o seu próprio sintoma, isso que Freud, chamou de trabalho analítico, de tratamento e pouco usada a palavra cura.


A Psicanálise Trabalha Diretamente Ligada ao Inconsciente


Portanto na psicanálise, entende se através de Freud, que quando criou a psicanálise e trabalhou a psicanálise se manteve diretamente ligada ao inconsciente. Podemos dizer que o inconsciente é um conceito teórico, esse conceito central na teoria psicanalítica que somente determina as relações entre o resto de conceitos teóricos.

O inconsciente vai ser também um instrumento de trabalho para depois ir trabalhar junto com seu paciente, ou seja, para depois ir a produzir o inconsciente do paciente, de cada paciente, já que todo paciente tem que fazer um trabalho analítico para poder produzir seu próprio desejo inconsciente.


Mas o que faz com que alguém recorra realmente à psicanálise tem a ver com o sofrimento, quando alguém busca uma análise é por conta de um sofrimento, então o que este sujeito encontra, ele supõe que o psicanalista vai poder ajuda-lo, a entender a elaborar, a entender por que sofre tanto.


Os Processos de Analise com Psicanalista


Desde o começo o sujeito percebe e descobre que falar não é sem consequências, que as palavras não são meras palavras, que elas são carregadas de significantes. Os efeitos à medida que cada um vai tendo acesso ao material reprimido, tendo acesso ao material inconsciente, e vai descobrindo quais são as identificações que eles têm as figuras parentais.

O paciente analisando percebe que são tantas identificações que vai desde seus familiares principalmente com a sua estrutura familiar, com seu pai e sua mãe. Começa identificar quais são os comportamentos repetitivos, quais são os padrões de comportamentos que eles repetem que os levam geralmente a sofrimento, a exibições, e a impedimentos.

Geralmente são inúmeros impeditivos inconscientes que muitas vezes chega ao ponto de paralisia, onde o sujeito não consegue mais avançar, o sujeito não consegue trabalhar, não consegue encontrar uma namorada ou namorado, um parceiro, não consegue fazer laços sociais, fazer laços de amizades, ou faz laços e quebra com muita facilidade.

Por meio das análises as pessoas descobrem por que elas brigam, por que elas rompem laços, ou por que não consegue faze-los, e por que desfaz casamentos, por que são tão intolerantes tudo isto o sujeito o analisando descobre na sua própria analise em parceria com o psicanalista.


"Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer." - Sigmund Freud

Quais Benefícios Que Trazem as Sessões de Analise


Uma análise vai trazer ao paciente um reencontro com ele no momento que ele se der conta que existe informações, milhares e centenas de milhares de centenas de informações que estão mal digeridas, que estão recalcadas, que estão dentro da sua subjetividade, dentro do seu coração e da sua alma.

E muitas destas informações estão escondidas, apertadas, encolhidas dentro da pessoa, e que ela sem perceber, traz de uma forma inconsciente, para as suas atitudes, no seu dia a dia, no seu mundo na sua vida relacional, familiar, profissional e na sua vida pessoal como vimos. Inclusive até mesmo nas performances de relacionamentos muitas vezes o sujeito não consegue fazer com que as coisas se encaixem por exemplo.

Na medida em que vai descobrindo, que vão elaborando, outros significantes, que vai falando de forma diferente, consequentemente vai fazendo coisas diferentes na sua vida. Vai tirando os impedimentos, vai mudando o seu comportamento, e é muito visível.

Observa-se que quem faz analise é muito perceptível que as outras pessoas, que estão ao seu redor percebam que esta pessoa está em um trabalho analítico muito intenso. E, é disto que se trata em uma análise, é de um trabalho, um trabalho através da palavra, um trabalho de escuta, onde o analista escuta aquele que o procura.

Nós psicanalistas escutamos aqueles que nos procuram, e ensinamos este sujeito, a se escutar, a acessar o seu material reprimido, o seu material inconsciente. Desta forma com este trabalho de elaboração possa elaborar lutos que não foram elaborados, possam abrir mãos de comportamentos que já não cabem mais.


A Experiência Analítica Entre Psicanalista e Paciente Analisando


É realmente uma experiência analítica que vai desde analisar o infantil que habita naquele sujeito, para depois ele conseguir abrir mão de coisas que não dá mais para sustentar. Por meio desta experiência de escuta que a pessoa tenha acesso, que ele possa falar das suas fantasias, que muitas vezes o sujeito fantasia, tem pensamentos obsessivos, pensamentos destrutivos, pulsões destrutivas.

Quando ele não sabe o que isto significa ele acha que é assim, que a vida é assim, que todos sofrem e que a vida é assim mesmo, e que nada pode ser feito. Chegam muitas vezes geralmente na posição de vítima. O paciente chega queixoso do pai, da mãe, do chefe, do cosmo, do país, da economia, se queixa de tudo. Então quando ele se queixa está mostrando em que estágio de vida esta que é o mesmo que dizer “estou na posição de vítima”.

O sujeito consegue sair da posição de vítima, por que a vítima ficar nesta posição é terrível, por que o sujeito enquanto vítima, ele nada pode fazer para mudar sua situação, ele vai continuar na posição queixosa.

Com as analises ele desperta para sair desta posição de vítima, ele se responsabiliza, analisa a sua culpa, por que a culpa é capaz de fazer estragos terríveis, a culpa sempre leva ao sofrimento, a uma expiação dessa culpa. O analisando, trabalhando essa culpa, o sujeito consegue se responsabilizar pelo que diz e pelo que faz. E dessa maneira vai poder fazer outras escolhas, escolhas saudáveis, escolhas para movimentar sua vida, escolhas para fazer ou refazer laços, encontrar um trabalho que gosta de fazer, para amar.


O Manejo Clínico na Direção da Cura


A psicanálise pode ser entendida como um processo de cura na medida em que entendamos a cura como tratamento, como trabalho, como elaboração, como elaboração do sintoma, e a passagem de um mal estar a um mínimo de prazer.

Uma psicanálise possibilita uma transformação no sujeito, possibilita uma metamorfose, no sujeito, e muitas vezes o que o paciente, o que o analisando fala é de alivio, é de uma liberdade.

Na medida que vai avançando com suas analises o paciente vai poder fazer escolhas saudáveis para ele, uma liberdade de deixar de ser escravo do próprio inconsciente, deixar de ser manipulado pelo próprio inconsciente, e adoecido pela sua forma de gozar, forma doentia de gozar. Ele passa deixar de ser manipulado pelo seu inconsciente e pela sua fixação de gozo, que o adoecia.


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